Em entrevista à TSF, Daniel Ribeiro considera que as contas do estado não respondem às necessidades
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A denúncia é feita pelo representante da associação da fileira portuguesa que junta os setores elétrico e eletrónico. Daniel Ribeiro considera que as contas do estado não respondem às necessidades e que o Orçamento do Estado para 2025 aprovado no parlamento revela várias incoerências.
Face às exigências nas áreas da sustentabilidade e mobilidade que se impõem à indústria já em 2025, Daniel Ribeiro diretor geral da AGEFE - Associação Empresarial dos Setores Elétrico, Eletrodoméstico, Eletrónico e das Tecnologias de Informação e Comunicação, considera que as contas do Estado não respondem às necessidades e classifica o OE 2025 como uma manta de retalhos.
A Associação entregou plano ao governo, atual e anterior, focado em medidas para tornar o setor mais sustentável, mas neste domínio classifica o OE2025 uma manta de retalhos que não responde às necessidades e perdem coerência.
O gestor lembra que a ministra do Ambiente prometeu um novo plano, para o setor e por isso, aguarda com expetativa por conhecer as mudanças que estão previstas e espera que preveja apoio a famílias carenciadas para troca de eletrodomésticos mais eficientes.
Em entrevista à TSF, deixa ainda críticas à União Europeia pela desordem sobre regras supranacionais que, algumas vezes, têm sido ultrapassadas por decisões nacionais, de diferentes estados-membros, considerando que o mercado comum corre o risco de se desintegrar. Adianta que, há países a definir as suas próprias regras de mercado em alguns segmentos, face às diretrizes europeias.
Preocupado com futuro rumo da economia mundial face à nova política da administração Trump, mas esperançoso que em 2025 a nível interno, o Governo esteja mais aberto a condições de diálogo sobre políticas públicas sustentáveis.
Daniel Ribeiro espera que, do lado português, a economia seja pujante e avance em 2025, apesar das divergências entre as visões dos muitos partidos que dividem nesta altura o parlamento.
