A assembleia de credores da Filobranca Portugal aprovou hoje a liquidação da empresa, situada em Vila Nova de Famalicão, que apresenta um passivo que ronda os 10 milhões de euros, colocando no desemprego 157 trabalhadores.
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De acordo com Rui Castro, o administrador judicial nomeado para acompanhar a insolvência, pedida a 9 de junho, daquela que foi «uma empresa emblemática» do setor têxtil em Portugal, «não resta outra alternativa que não seja a liquidação da empresa e a cessação dos contratos de trabalho» com os seus funcionários, maioritariamente mulheres e a ganharem o salário mínimo.
No entanto, Francisco Vieira, do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Têxtil do Minho e Trás-os-Montes, diz que nos próximos 30 dias ainda pode haver uma solução para os trabalhadores.
«O administrador pediu 30 dias para tentar ainda, através da negociação com potenciais compradores do estabelecimento, no sentido de voltar a laborar mas nunca numa perspetiva de continuidade da Filobranca. A Filobranca acabou hoje», explicou à TSF.
«Quem comprar, se isso for conseguido, admitirá os trabalhadores quem bem entender, sem qualquer responsabilidade com esses trabalhadores do ponto de vista dos direitos e do vínculo laborar, assim como qualquer responsabilidade relacionada com o passivo da empresa», acrescentou Francisco Vieira, que disse ainda que o sindicato vai acompanhar o processo de insolvência para tentar defender os interesses dos trabalhadores.
A Filobranca Portugal, que funciona em duas unidades, uma têxtil e uma de estamparia, tem ainda uma terceira unidade na Roménia, que emprega 160 trabalhadores.