A agência de notação financeira Fitch baixou as notas de longo-prazo da Grécia de 'B-' para 'CCC', dentro do nível de 'lixo', devido ao «elevado risco» de saída do país da zona euro.
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A forte representação dos partidos 'anti-austeridade' nas eleições parlamentares de 06 de maio e a consequente incapacidade para formar Governo põem em relevo a falta de apoio público e político para o programa da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI)» da Grécia, argumenta a Fitch num comunicado citado pela agência de notícias Efe.
A agência considera «provável» a saída do país da união monetária se, após as próximas eleições de 17 de junho, não existir um Governo com mandato para continuar com o programa de ajustamento imposto pelos credores internacionais.
«A saída da Grécia poderia ter num impacto generalizado no setor privado, bem como nos títulos soberanos denominados em euros», considera a agência de 'rating'.
A contagem decrescente para as novas eleições na Grécia começou hoje com a tomada de posse do Governo interino e a formação do Parlamento, num clima de disputa política e agravamento das condições económicas.
O advogado Panayotis Pikrammenos, de 67 anos, lidera um executivo que tem a tarefa de gestão do Estado até às próximas eleições.
A incerteza política e económica tem feito com que, desde as eleições de 06 de maio, tenha aumentado a fuga de depósitos dos bancos gregos.