
O líder da missão do FMI, Subir Lall, esclareceu hoje que a 'troika' não irá discutir cortes no salário mínimo nacional, depois de quarta-feira ter dito que não iam discutir cortes nos salários nesta revisão.
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Na chegada à reunião com os parceiros sociais, o líder da missão do FMI para Portugal disse hoje que não iam discutir cortes salariais e que não sabia de onde os jornalistas tinham tirado essa ideia.
«Não. Não sei onde ouviram isso, vamos discutir assuntos mais abrangentes», disse à chegada ao encontro com as confederações sindicais e patronais, quando questionado sobre se no encontro seria discutida a flexibilização salarial que o FMI tem defendido para a economia portuguesa e em especial para o setor privado.
No entanto, hoje, à saída de uma reunião no Parlamento com os deputados da comissão eventual que acompanha a implementação das medidas do programa, esclareceu que essas declarações diziam respeito apenas ao salário mínimo nacional, e que também não podem determinar cortes no privado, já que isso é feito por acordo entre empregado e empregador.
«Não estamos aqui a discutir uma redução no salário mínimo, é essa a clarificação que queria fazer», afirmou.
Questionado pelos jornalistas sobre se estariam então a discutir cortes no privado, depois do fundo voltar a defender nos relatórios da oitava e nona avaliação que é necessária maior flexibilidade salarial no privado, o representante do FMI disse que não.
«Os salários do setor privado são estabelecidos por acordo entre os empregadores e os empregados, e isso é algo que os decisores políticos não podem controlar em lado nenhum», disse.