Comentando o processo de resgate a Portugal, o director do FMI para a Europa, António Borges, lembrou que é preciso incluir os partidos nesta discussão.
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O director do FMI para a Europa deu, esta sexta-feira, a garantia de que o Fundo está totalmente empenhado no resgate a Portugal e frisou que a negociação terá de incluir os partidos políticos.
«O Fundo está aqui para ajudar Portugal. Há uma missão no terreno a começar a negociar com o Governo e com todos os partidos da oposição. Temos de ter um amplo apoio, porque as eleições estão próximas. É uma prática normal do Fundo», explicou António Borges.
Este antigo vice-governador do Banco de Portugal defendeu ainda que a «especulação não tem tido importância nenhuma» nos resgates financeiros da periferia do Euro.
Em declarações à agência Lusa, António Borges lembrou que a «posição dos mercados em relação aos países da periferia reflecte o ponto de vista dos investidores a longo prazo».
«As agências de rating têm o seu papel. Se os mercados fossem absolutamente perfeitos, o FMI não existia», concluiu.