No World Economic Outlook, o Fundo Monetário Internacional faz uma revisão em baixa das previsões para a economia global, mas melhora as projeções em relação à zona euro.
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Mais pessimista em relação ao crescimento da economia mundial, mas mais otimista quanto ao crescimento da zona euro.
O Fundo monetário Internacional (FMI) espera agora que a economia da zona euro cresça 1,7% este ano e o mesmo no próximo. Uma melhoria de uma décima em relação às previsões de outubro, sustentada em boa parte pelo crescimento das economias alemã e espanhola. A instituição liderada por Christine Lagarde prevê que estas economias tenham um comportamento acima do esperado. No caso da Alemanha, prevê um crescimento de 1,7% em 2016 e o mesmo no ano seguinte, e em relação à Espanha aponta para um crescimento de 2,7% este ano e 2,3 em 2017.
No relatório, o FMI refere que no caso da zona euro "o consumo privado mais forte apoiado pelos baixos preços do petróleo estão a compensar o enfraquecimento das exportações".
Já em relação à economia global, o FMI faz uma revisão em baixa, antecipando agora um crescimento de 3,4% este ano e 3,6 em 2017, o que se traduz num corte de 0,2 pontos percentuais em relação à previsão anterior (tanto em 2016 como em 2017). Esta revisão em baixa justifica-se com o comportamento económico dos mercados emergentes e das economias em desenvolvimento. Sendo que, pelo que revelam os dados, as economias norte-americana e brasileira são das que que mais influenciam negativamente o desempenho da economia mundial.
No World Economic Outlook, o FMI sublinha ainda alguns riscos para a economia do planeta. O "abrandamento mais forte do que o esperado na China", a maior valorização do dólar, as restrições ao financiamento com impacto nos balanços e no financiamento das empresas, e o " agravamento das tensões geopolíticas em curso" são riscos que podem fazer derrapar o crescimento global.