O Fundo Monetário Internacional defende num relatório divulgado hoje que as respostas para os 20 milhões de desempregados europeus passam pela continuação das reformas estruturais.
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Num documento publicado nesta terça-feira, o Fundo Monetário Internacional (FMI) afirma que o pior da crise europeia já passou mas sublinha que os governos da União Europeia têm de continuar o processo de reformas induzido pela crise.
Numa nota introdutória deste relatório, a diretora-geral do FMI escreve que há uma boa e uma má notícia para a Europa. A boa: a economia europeia está finalmente a crescer. A má: há 20 milhões de pessoas sem emprego, grande parte com idades inferiores a 25 anos, e muitas delas sem trabalho há mais de um ano.
Neste documento o FMI traça o caminho que levou a este desfecho e olha também para o futuro: os sinais económicos mais recentes são encorajadores, escreve o fundo, mas os governos europeus não podem desacelerar as reformas. Pelo contrário, o fundo escreve que os desempregados europeus precisam de respostas, e que essas soluções só podem vir da continuação das reformas estruturais nos mercados laboral e fiscal.
O documento baseia-se em dados que vão apenas até 2012 e não propõe medidas concretas, detalhadas, para cada um dos países. Quanto a Portugal, as únicas referências, espaçadas, servem apenas para mostrar a evolução dos últimos anos.
Ainda assim, no capítulo das propostas, o FMI fala em três ideias fundamentais: acelerar a união bancária com o objetivo de estabilizar o sistema financeiro; reduzir a dívida de empresas e famílias; e insistir nas reformas estruturais, incluindo no mercado laboral.
O FMI calcula que por cada 1% de aumento do PIB das economias avançadas, o desemprego caia, nesses países, meio ponto percentual, com um previsível efeito positivo de arrasto nas economias que deles dependem.