O FMI entende que os riscos para Portugal cumprir as metas do programa de assistência «permanecem elevados» e frisa que o consenso social e político «está significativamente mais fraco».
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Na sua análise referente à sétima avaliação do programa de ajuda externo a Portugal, hoje divulgada, o Fundo refere que a economia portuguesa está a fazer progressos na redução dos seus desequilíbrios, mas destaca as condições económicas «extremamente fracas» e os riscos que se colocam ao sucesso do programa.
A instituição liderada por Christine Lagarde entende que o consenso político e social que tem apoiado o programa de assistência económica e financeiro de Portugal «está significativamente mais fraco», alertando que «à medida que as condições de financiamento estão a melhorar (...) o apetite pelas reformas está a diminuir».
O FMI destaca ainda que, uma vez que o programa «está desprovido de ferramentas para aumentar a competitividade no curto prazo», há o risco de o ajustamento ocorrer num contexto de uma maior diminuição da procura.
Finalmente, a instituição considera que a área euro é outro risco que se coloca a Portugal, referindo que o abrandamento das exportações e a perceção de condições económicas difíceis no espaço do euro complicam as condições económicas internas já difíceis.
A avaliação hoje divulgada surge um dia depois de o Fundo ter discutido e aprovado a sétima avaliação a Portugal e o respetivo pagamento da oitava 'tranche' do empréstimo acordado, no valor de 657,47 milhões de euros, informou o Fundo.