As recentes melhoras da economia mundial são «muito frágeis» e um aprofundamento da crise da zona euro continuam a ser uma preocupação imediata, disse hoje o diretor-geral adjunto do Fundo Monetário Internacional (FMI).
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Nas últimas semanas, alguns indicadores têm mostrado sinais de ligeiras melhoras e maior estabilidade das economias europeias e dos Estados Unidos, ao contrário do que acontecia por esta altura no ano passado, lembrou Naoyuki Shinohara numa palestra realizada numa universidade de Banguecoque.
«As medidas levadas a cabo pelos governos europeus ajudaram e o recente acordo para um novo empréstimo à Grécia também trouxe algum alívio», acrescentou.
No entanto, ressalvou o diretor do FMI, «não há espaço para complacência. É preciso fazer muito mais para dar um novo fôlego à economia».
Segundo Shinohara, a dívida pública mantém-se elevada em muitos países, limitando os estímulos fiscais, assim como o desemprego.
«Temos um caminho muito apertado até chegar à retoma da economia e o risco de derrapagem é muito elevado", avisou, defendendo que as economias avançadas deverão "avançar com reformas estruturais para recuperar os danos causados pela crise" enquanto as economias emergentes devem manter-se alerta para possíveis derrapagens.»