FMI quer novas reduções na duração do subsídio de desemprego «mais generoso da Europa»
O FMI louva o Governo pelas reformas laborais já efetuadas mas insiste que continua a ser necessário reduzir a duração do subsídio de desemprego, que é «o mais generoso da Europa».
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No relatório da quinta revisão do memorando de entendimento com Portugal, o FMI assinala que o Governo já tratou de todas as «distorções ao mercado de trabalho induzidas pela legislação».
Entre estas distorções estavam o «nível extremo de proteção dos trabalhadores» e as «pressões salariais induzidas por fortes aumentos do salário mínimo».
O que confere ao sistema português de proteção do emprego a sua «notável generosidade» é contudo a duração dos benefícios pagos a desempregados.
A esse respeito, o FMI nota que a duração mínima de pagamento dos subsídios já foi reduzida de 270 para 120 dias.
«Contudo, esta é uma área em que se pode fazer mais», lê-se no documento do FMI. «O sistema continua a ser complexo, com muitos escalões etários, permitindo a certos trabalhadores receber subsídios durante um período até 26 meses».
Na quarta-feira, o comité executivo do FMI aprovou o pagamento de uma nova tranche de 1.500 milhões de euros da sua parte do empréstimo de 78 mil milhões de euros a Portugal.