"Fosso cada vez mais profundo." Diferença de preços da água pode ultrapassar os 650 euros entre concelhos
Vila Nova de Foz Côa é o município com a fatura mais baixa, enquanto entre os mais elevados destacam-se Amarante (para um consumo anual de 120 metros cúbicos) e Fundão (para um consumo anual de 180 metros cúbicos)
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A diferença nos preços da água pode ultrapassar, por ano, os 650 euros entre concelhos. As contas são da DECO PROteste, que analisou as faturas da água de todos os 308 municípios portugueses. É um estudo que a associação de defesa do consumidor faz há vários anos.
Em comparação com o ano passado, a DECO assinala "disparidades significativas" que estão a agravar-se, de acordo com o comunicado enviado à TSF. "O fosso de valores pagos pelos portugueses na fatura global da água está cada vez mais profundo", lê-se.
Vila Nova de Foz Côa é o município com a fatura mais baixa, enquanto entre os mais elevados destacam-se Amarante (para um consumo anual de 120 metros cúbicos) e Fundão (para um consumo anual de 180 metros cúbicos).
Sobre as diferenças do preço cobrado pela água, Mariana Ludovino, porta-voz da DECO PROteste, defende um regulamento de tarifas comum a todas as autarquias. "As razões para estas desigualdades não são claras, uma vez que estas não se justificam apenas por diferenças de investimentos ou eficiência na gestão dos sistemas", explica.
A Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos vai voltar a fixar tarifas da água para os serviços de captação e armazenamento partir de 2026. O decreto-lei que restabelece esta competência já foi publicado em Diário da República.