
O porta-voz do Conselho de Ministros acaba de anunciar que os franceses da Vinci foram os escolhidos para ficar com a concessão da ANA.
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Os franceses da Vinci vão pagar 3.080 milhões de euros pela aquisição de 95% do capital da ANA - Aeroportos de Portugal, o que eleva para 6.400 milhões de euros o encaixe do Estado com o programa de privatizações.
A secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, afirmou hoje que a proposta da Vinci era a que apresentava «o valor mais elevado», realçando que foi também avaliada «como a melhor do ponto de vista estratégico».
«A proposta prevê que Lisboa seja centro do seu negócio aeroportuário com planos significativos de crescimento», explicou, em conferência de imprensa, a governante.
A secretária de Estado do Tesouro considerou que «o programa de privatizações é revelador da capacidade de atração de investimento estrangeiro, capacidade do Governo de obter encaixe financeiro significativo e acima das expectativas».
A governante disse que o valor previsto de 5.500 milhões de encaixe financeiro com o processo de privatizações já foi superado, atingido 6.400 milhões de euros
A concessão deverá durar 50 anos e o negócio poderá ascender aos três mil milhões de euros.
Na corrida estavam ainda os alemães da Fraport e os consórcios Corporación America e CCR/Zürich.
A francesa Vinci está presente em Portugal enquanto acionista da Lusoponte, concessionária das pontes Vasco da Gama e 25 de Abril até 2030.
Com presença em mais de 100 países, através de concessões rodoviárias, ferroviárias e gestão de parques de estacionamento, o grupo gere nove aeroportos em França e três no sudeste asiático.
A privatização da ANA abrange os aeroportos de Lisboa, Faro, Porto, Ponta Delgada, Santa Maria, da Horta, Flores e o designado terminal civil de Beja.