Frente Comum acusa Governo de falta de abertura para negociar aumento de salários da Função Pública
Cerca de 700 pessoas vão marchar esta quinta-feira rumo à residência oficial do primeiro-ministro para se fazerem ouvir
Corpo do artigo
Sebastião Santana, coordenador da Frente Comum, em declarações à TSF, lamenta que o Executivo de Montenegro tenha ignorado, até hoje, as necessidades dos trabalhadores da Administração Pública: "O Governo não mostrou até agora qualquer abertura para a negociação do aumento intercalar dos salários."
Com o propósito de resolverem este "problema antigo", a Frente Comum convocou para esta quinta-feira uma marcha que arrancou às 11h00 na Basílica da Estrela, em Lisboa, e termina na residência oficial do primeiro-ministro.
A Frente Comum, afeta à CGTP, diz que em causa está a luta por melhores condições de trabalho e Sebastião Santana fala num "aumento mínimo de 150 euros ou 15% do salário dos trabalhadores". Ainda assim, ressalva que esse valor "não representa sequer o poder de compra perdido".
O sindicalista refere igualmente que a população anda "há duas décadas a perder poder de compra", o que tem levado à "fuga dos trabalhadores qualificados nos diversos serviços e, portanto, importa desde já reverter isto". E acrescenta: "Para satisfazer esta reivindicação, bastava que o Governo retirasse 3% à rubrica Aquisição de Serviços Externos."
"Serviços públicos não são mercadoria" é o mote deste protesto, que vai ao encontro dos problemas apontados por Sebastião Santana e "que não podem ficar mais um ano à espera", nomeadamente a fragilidade do Serviço Nacional de Saúde que precisa de "um reforço", contrariamente ao método aplicado pelo Governo.
"Este Governo quer resolver os problemas do Serviço Nacional de Saúde, livrando-se do Serviço Nacional de Saúde", justifica, assinalando que o mesmo acontece na área da Educação.
Sebastião Santana insiste na intenção de negociar com o Executivo para garantir melhores condições aos funcionários públicos.
Para esta marcha, que começa às 11h00 na Basílica da Estrela, Sebastião Santana diz que esperam cerca de 700 pessoas.
