A coordenadora da Frente Comum acusou o Governo de encetar «um simulacro» de negociações e de querer retirar direitos aos trabalhadores da administração pública.
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No final da reunião com o secretário de Estado da Administração Pública, Ana Avoila admitiu que «isto não é uma negociação» e que o que foi apresentado pelo Executivo em nada altera «as preocupações do sindicato perante a intenção de equiparar as regras do setor privado às do setor público».
Por isso, Ana Avoila reiterou que «o que o Governo pretende fazer não é uma negociação, mas sim um simulacro, uma hipocrisia, um cinismo» na medida em que foi apresentado «um documento com coisas já feitas», com medidas acordadas no Compromisso para o Crescimento, Competitividade e Emprego resultante do acordo de concertação social assinado a 18 de janeiro.
«Trata-se de uma retirada de direitos aos trabalhadores da Administração Pública, sem exceção, nomeadamente, através da introdução do novo regime de mobilidade geográfica», afirmou Ana Avoila, que diz não ter dúvida que é intenção do Executivo «mexer na lei e mexer na lei é piorar».
A responsável disse ainda que a Frente Comum vai continuar a lutar pelo aumento de salários na administração pública.
[Texto escrito conforme o novo Acordo Ortográfico]