Frente Comum ameaça com greve da função pública a 24 de outubro para travar "caminho de empobrecimento"
O Governo propôs esta sexta-feira um aumento de 56,58 euros em 2026, 60,52 euros em 2027 e 2028, mantendo o que estava previsto no acordo assinado em 2024. Para a estrutura, “esta proposta era inaceitável quando foi colocada pela primeira vez, hoje ainda é mais inaceitável”
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A Frente Comum anunciou esta sexta-feira uma greve geral de trabalhadores da administração pública no dia 24 de outubro, se o Governo não melhorar a proposta de valorização, que considera inaceitável.
“Vamos promover uma greve que se vai realizar no dia 24 de outubro, greve nacional dos trabalhadores da administração pública, de 24 horas, se o Governo não chegar a um ponto que permita uma assinatura [de um acordo] da estrutura mais representativa de trabalhadores, que somos nós”, avançou o coordenador da Frente Comum, Sebastião Santana, em declarações aos jornalistas, no final da primeira reunião negocial com a secretária de Estado da Administração Pública, Marisa Garrido, no Ministério das Finanças, em Lisboa.
A Frente Comum adiantou que o Governo propôs esta sexta-feira um aumento de 56,58 euros em 2026, 60,52 euros em 2027 e 2028, mantendo o que estava previsto no acordo assinado em 2024, e a extensão do acordo até 2029, com aumento também de 60,52 euros.
Em declarações à TSF, numa reação a esta proposta, o coordenador da Frente Comum, Sebastião Santana, denuncia um "caminho de continuado empobrecimento para os trabalhadores da administração pública" e sublinha que estas condições são "perfeitamente inaceitáveis" para a estrutura, que considera ser "possível um rumo diferente" para este setor.
"A proposta desse acordo de atualização salarial são 56,58 euros para 2027. Não há qualquer mexida nos salários até lá e depois o que o Governo propõe é que este acordo se prolongue no âmbito da legislatura, que agora começou. Isto para a Frente Comum é inaceitável", sublinha.
Para a Frente Comum, “esta proposta era inaceitável quando foi colocada pela primeira vez, hoje ainda é mais inaceitável”, tendo em conta o aumento do custo de vida.
O coordenador da Frente Comum aponta ainda que "o Governo tem todas as condições para inverter este processo, até para desmarcar esta greve, tem é de dar resposta e a resposta está muito longe de acontecer, pelo menos para já".
