A coordenadora da Frente Comum antecipou uma «elevada adesão» da greve da função pública marcada para sexta-feira contra as políticas de austeridade, um protesto que «contém alguma esperança no futuro».
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«A expectativa é muito positiva. É uma expectativa de uma greve que vai dar uma resposta, uma greve com setores importantíssimos que terão uma elevada adesão, nomeadamente, da saúde, da educação, da justiça, das finanças, da segurança social e da administração local», afirmou Ana Avoila, em conferência de imprensa.
A coordenadora da Frente Comum, que falava aos jornalistas na sede do sindicato, em Lisboa, referiu que esta luta «não é de protesto, mas de resistência».
Nesse sentido, «a expectativa é de uma grande adesão, mas também que contém alguma esperança para o futuro no sentido de continuar a luta para tentar ultrapassar tudo aquilo que está em cima da mesa».
Ana Avoila reconheceu tratar-se de uma luta «muito difícil», uma vez que aqueles que aderirem vão perder um dia de salário, mas que é justificada pelas medidas de austeridade aplicadas pelo atual Governo.
A estrutura sindical, afeta à CGTP, defende por isso a demissão do executivo liderado por Pedro Passos Coelho.
«A greve que está em cima da mesa pretende ser uma grande greve da administração pública e tem um peso muito significativo no sentido de fazer esse caminho para a demissão do Governo», sublinhou a dirigente sindical.
O agravamento dos cortes para os funcionários públicos levou os sindicatos da UGT e da CGTP a convocarem uma greve que poderá levar, na sexta-feira, ao encerramento de escolas, tribunais, finanças e deixar o lixo por recolher nas ruas.
A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública (CGTP), a Federação Sindical da Administração Pública (UGT) e o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (UGT) são unânimes relativamente às perspetivas de adesão ao protesto: a paralisação deverá contar com uma forte adesão tendo em conta a indignação demonstrada pelos trabalhadores.
A greve de sexta-feira dos funcionários públicos foi marcada pelas estruturas sindicais do setor como forma de protesto contra novos cortes salariais e de pensões e o aumento do horário de trabalho, entre outras medidas.