Dezena e meia de funcionários da restauração e bebidas do Casino da Figueira da Foz cumprem hoje, na passagem do ano, um novo período de greve pela anulação do despedimento coletivo iniciado pela empresa, disse fonte sindical.
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Os trabalhadores, que estão em greve desde as 14h30 de hoje até às 5h00 de terça-feira, 1 de janeiro, estiveram concentrados junto à porta de serviço do Casino ao final da tarde de hoje e, a partir das 21h00, mudam-se para a entrada principal, onde irão distribuir aos clientes documentação alusiva à greve.
«Nos bares das salas de máquinas não estará ninguém de serviço. Hoje há uma situação diferente [do dia de Natal], há um serviço que já estava contratado com uma empresa de 'catering', mas no serviço de salão [onde decorre a festa de passagem de ano] não nos intrometemos», disse à agência Lusa António Baião, do Sindicato de Hotelaria do Centro.
Avisou que «caso a Sociedade Figueira-Praia [proprietária do Casino Figueira] queira cometer alguma ilegalidade e colocar trabalhadores extra da empresa subcontratada a trabalhar nos bares da sala de máquinas», o sindicato irá apresentar queixa junto da Autoridade para as Condições de Trabalho.
António Baião lembrou que, no dia de Natal, a totalidade dos 15 trabalhadores fizeram greve e «inclusive, aconteceram situações caricatas» no interior das instalações, concretamente nas salas de jogo: «Clientes que tiveram de vir buscar bebidas à rua e outros que comentavam entre eles que só se fosse na casa de banho é que conseguiam consumir alguma coisa, porque não existiu serviço nenhum de restauração no Casino», ilustrou.
A agência Lusa tentou ouvir Domingos Silva, administrador do Casino Figueira, no momento em que este entrava nas instalações pela porta de serviço, perto do piquete de greve, mas o responsável recusou comentar a situação.
«Não tenho nenhum comentário a fazer, [a greve] é um direito que lhes assiste», disse apenas.