Os funcionários públicos em situação de mobilidade especial consideram que foram esquecidos pelo Governo. Em casa com ordenado reduzido, apenas 128 dos mais de 17 mil nesta situação garantiram a sua colocação.
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Os funcionários públicos que estão em casa em situação de mobilidade especial consideram que foram esquecidos pelo Governo, uma vez que a maior parte nem sequer chegou a participar em nenhuma acção de formação.
Ouvido pela TSF, um desses funcionários, em casa há um ano, lembrou que no dia em que deixou de trabalhar foi-lhe dito que tinha de esperar até ser chamado, o que ainda não aconteceu.
«Até agora nunca nos chamaram para ter formação profissional. Estou à espera que decidam esta situação. Isto é uma situação muito crítica», acrescentou António Resende.
Com um ordenado de apenas 80 por cento e auferir pouco mais de 500 euros, este funcionário público há 29 anos recordou que está a pagar um empréstimo de cerca de 300 euros por causa do seu apartamento.
«Veja lá o que ficar. Será que se consegue viver com 40 contos por mês?», perguntou António Resende, que em breve passará apenas a receber 67 por cento do seu ordenado.
Este antigo funcionário da casa do Douro e da Direcção Regional de Agricultura de Mirandela já pensou em trabalhar for fora, mas ainda não o fez porque está impedido de fazer qualquer desconto.