O preço da gasolina e do gasóleo deve descer a partir de segunda-feira cerca de dois cêntimos, refletindo as cotações médias da gasolina e do gasóleo nos mercados internacionais.
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A queda nas cotações da gasolina permite antecipar a quinta descida consecutiva dos preços deste combustível, sendo expetável uma descida de cerca de dois cêntimos, enquanto o gasóleo, cujo preço se tem mantido estável nas últimas semanas, deverá descer também dois cêntimos na próxima semana, adiantou à Lusa fonte do setor.
O preço médio do gasóleo atualmente é de 1,461 euros/litro, enquanto a gasolina custa em média 1,660 euros/litro, segundo a informação disponibilizada pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), tendo como referência os preços de 2.599 postos de abastecimento em Portugal continental.
Nos postos da Galp, líder do mercado retalhista de combustíveis, o preço de referência do gasóleo é de 1,499 euros/litro e o da gasolina 95 é de 1,689 euros/litro, depois de uma descida de 1,5 cêntimos por litro na passada segunda-feira.
A tendência de descida dos preços que se tem sentido nas últimas semanas está relacionada com "as notícias de arrefecimento do crescimento nos países em desenvolvimento, dados menos otimistas em relação aos EUA e à Europa, que estão a retirar alguma pressão sobre os preços", defendeu hoje o secretário-geral da Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (APETRO).
Em declarações à Lusa, António Comprido referiu ainda "uma acalmia em relação aos problemas no Irão".
Depois de ter atingido o pico, em meados de março, ao chegar a 1,529 euros/litro, o gasóleo passará a custar menos cinco cêntimos/litro na próxima semana.
Já a gasolina, que atingiu um preço recorde na segunda semana de abril, tendo alcançado 1,779 euros/litro, registou quatro descidas consecutivas (cinco com a da próxima semana), num total de 11 cêntimos. "Houve um aumento desproporcionado da gasolina no primeiro trimestre e esta queda mais acentuada é uma correção", explicou o responsável da APETRO.
O preço médio da gasolina em Portugal aumentou 11,8 por cento nos primeiros três meses do ano, enquanto o gasóleo se situou nos 6 por cento, segundo dados fornecidos pela APETRO.
Estes aumentos, segundo o relatório da APETRO, foram originados sobretudo pelo "aumento das cotações internacionais dos produtos refinados, ampliado pelo IVA" e não dependeu "da cadeia de valor nacional".
Na análise dos preços entre 26 de dezembro do ano passado e 2 de abril, a associação refere que os elementos que contribuíram mais significativamente para a subida "foram a cotação dos produtos, que serve de referência para a fixação do preço à saída das refinarias, e o IVA que, sendo uma taxa fixa, cresce naturalmente com o aumento do preço".