Os emigrantes lesados do BES desistem para por enquanto de novas ações de protesto. Receberam a garantia que vão ser recebidos pelo governador do Banco de Portugal em data a definir.
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Mais de 300 emigrantes protestaram, esta sexta-feira, em Lisboa. De manhã estiveram na sede do Novo Banco e, em seguida, foram até à sede do Banco de Portugal.
Depois da manifestação de hoje, os emigrantes lesados do BES receberam de António Ramalho, presidente do Novo Banco, compreensão e a promessa de que vai trabalhar numa solução o mais breve possível. Do Banco de Portugal, receberam a garantia que vão ser recebidos pelo governador em data a definir.
O encontro deixou satisfeita a associação que representa os emigrantes lesados, disse a vice-presidente à TSF. Helena Batista acrescentou que, para já, não vai haver mais protesto, mas assegura que essa decisão não é definitiva e que se os direitos dos lesados não forem acautelados, voltam à rua.
A TSF falou também com Isilda Ferreira, uma das manifestantes que veio da Suíça, que tem esperança na resolução de todos os casos.
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Há dois dias, foi anunciado que a Associação Movimento Emigrantes Lesados Portugueses chegou a acordo com o Novo Banco e o Governo. Nesse acordo foi acertada a recuperação de 75% do capital, em dinheiro, num prazo médio de três anos no caso dos clientes emigrantes a quem o Banco Espírito Santo (BES) vendeu os produtos Euro Aforro 8, Poupança Plus 1, Poupança Plus 5, Poupança Plus 6, Top Renda 4, Top Renda 5, Top Renda 6 e Top Renda 7.
No entanto, os emigrantes decidiram manter o protesto de hoje porque o acordo não abrange todos os lesados. Em relação aos produtos para os quais ainda não há acordo, estão em causa 71 milhões de euros no caso do Euro Aforro 10 e 75 milhões de euros no caso do EG Premium.