Governo "a acompanhar" despedimento coletivo na Coindu. Financiamento do PRR "amortizado voluntariamente"
À TSF, o Executivo garante que "está em contacto com as entidades locais para avaliar o impacto na região"
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O Ministério da Economia garantiu esta terça-feira estar a acompanhar a decisão da Coindu de encerrar a fábrica de Arcos de Valdevez e revela que a empresa amortizou na totalidade o financiamento de quatro milhões de euros que receber no âmbito do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR).
"O Governo está a acompanhar a decisão da empresa e está em contacto com as entidades locais para avaliar o impacto na região", garante o Ministério da Economia em resposta à TSF.
A empresa tinha recebido em 2022 quatro milhões de euros no âmbito do PRR destinados à fábrica de Joane: "O financiamento concedido no âmbito do PRR em 2022, através do Programa Recapitalização Estratégica, foi amortizado voluntariamente, antecipadamente e integralmente pela empresa a 15 de outubro de 2024, com a entrada do Gruppo Mastrotto S.p.A. como novo acionista."
O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) revelou na segunda-feira que a unidade fabril da Coindu em Arcos de Valdevez vai encerrar no final do mês de dezembro e deixar sem emprego cerca de 350 trabalhadores.
Contactado pela agência Lusa, o presidente do SIMA, José Simões, adiantou que o encerramento da unidade de Arcos de Valdevez do fabricante de componentes para o setor automóvel, foi comunicado no domingo ao sindicato e, reafirmado hoje à sua advogada.
Em comunicado enviado às redações, o SIMA, destaca que, "além do impacto em cada um dos diretamente atingidos" o encerramento da fábrica de Arcos de Valdevez, no distrito de Viana do Castelo, "terá um impacto negativo na comunidade e, na região onde a empresa se localiza".