
Miguel Relvas
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Num congresso de agências de viagens e turismo, Miguel Relvas ouviu as queixas de quem afirma que com o aumento do IVA vai ser preciso continuar a inventar para sobreviver à crise.
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No 37º Congresso nacional da APAVT começou hoje em Viseu e decorre até domingo, sob o mote de "Turismo: Prioridade nacional", o presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo, João Passos, avisou que o aumento das taxas do IVA na restauração não vai ajudar o turismo e antecipou mesmo uma retracção do sector.
Presente na sessão de abertura esteve o ministro ajunto e dos Assuntos Parlamentares, que se mostrou mais optimista. Miguel Relvas considera que ninguém vai deixar de vir a Portugal porque o IVA aumentou na restauração, dando um exemplo.
«O turista do golfe é um turista de um nível elevado, onde a principal incidência encontram-se na hotelaria, na dormida, e essa é de seis por cento. Não acredito que quem joga golfe deixe de o fazer em Portugal por essas circunstâncias. Essa é para nós uma falsa questão», afirmou Miguel Relvas.
Ainda assim, o ministro disse compreender que a medida não agrade ao sector das viagens e do turismo, frisando que as receitas que o Estado vai arrecadar falam mais alto.
«A restauração faz parte de todo o equilibrio da relação de consumo na sociedade, mas a verdade é que de uma forma muito clara os valores têm impacto significativo», referiu.
Em 2010, o sector do turismo colocou nos cofres nacionais 16 mil milhões de euros em receita, valor que deve subir este ano. Mas para 2012 os agentes de viagens e turismo antecipam uma quebra nas receitas muito por culpa da subida do IVA, que vai afectar a captação de turistas.