O adiamento ocorreu após uma reunião da concertação social inconclusiva sobre este assunto. A UGT e a CGTP dizem que o Governo mostra que não quer aumentar este ano o salário mínimo.
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O Governo remeteu para Setembro a discussão sobre o salário mínimo, após numa reunião da concertação social inconclusiva quanto ao aumento deste valor que está nos 432 euros.
No final da reunião da concertação social desta sexta-feira, o presidente da CIP criticou o facto de o Governo ter trazido para discussão dados sobre o salário mínimo com dois anos.
«Quer internacionalmente, quer em termos nacionais, há indicadores mais atuais e é sobre esses indicadores que deveremos fazer a avaliação, uma discussão que deve ser feita com razoabilidade», explicou António Saraiva.
Por seu lado, o secretário de Estado do Emprego assegurou que o salário mínimo «se mantém a valores proporcionais às disponibilidades da empresa».
«É com certeza uma forma importante de assegurar que estamos em condições de combater este grande problema que é o desemprego», adiantou Pedro Martins.
Já o secretário-geral da UGT vê nestas palavras uma «predisposição para não aumentar» este valor e disse mesmo que Pedro Martins «ficou de repensar se vai ou não avançar num espírito aberto relativamente à discussão do salário mínimo».
A CGTP diz mesmo que o remeter das conversas para Setembro significa que o Governo «não se quer aumentar o salário mínimo este ano», como defende a Intersindical e a UGT.
«Não alinhamos neste tipo de falcatruas. O salário mínimo nacional tem de aumentar este ano. Há condições para que isso aconteça», sublinhou o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos.