O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, vai anunciar esta manhã (9h00) um conjunto de medidas adicionais de corte na despesa pública.
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Menos papel, menos água, menos luz, menos combustível. O objectivo é gastar menos nos consumos intermédios e os alvos, segundo o Diário de Notícias (DN), são todos os ministérios, sem excepção.
Menos despesa para satisfazer uma "troika" que pede mais.
O ministro Vítor Gaspar quer recuperar a credibilidade para continuar a aceder ao empréstimo de 78 mil milhões de euros.
Ao que o DN apurou, o valor dos cortes deve ficar entre os mil milhões e os 1,5 milhões de euros, muito mais do que a previsão de receita a arrecadar com o imposto extraordinário.
Conclusões que surgem depois de uma longa reunião do Conselho de Ministros, que decorreu num clima denso e pesado. Fontes do Governo revelaram ao DN que o mal-estar esteve bem presente durante as cerca de dez horas que durou o encontro.
Os salários estão a salvo, mas o DN dá quase como certo o corte nas horas extraordinárias.
Na lista dos ministérios, o da Saúde é apontado como o menos penalizado com as novas medidas. Já o da Educação deverá ter de "apertar muito o cinto".
O Executivo está consciente das consequências deste novo plano. O risco de uma onda de contestação social também esteve em cima da mesa na reunião de ontem [quinta-feira].