A síntese de execução orçamental até setembro mostra que a estimativa de devolução da sobretaxa desce face ao mês anterior. A 25 de Setembro, o Governo previa devolver 35,3% de todo o dinheiro arrecadado com a sobretaxa.
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O governo atribui a diferença à queda do IRS, que até ao mês passado caiu 85 milhões de euros (-0,9%) face ao mesmo período de 2014. Já no IVA, houve um aumento de 8,5%, que, segundo o governo, não chega para fazer face à queda de IRS.
Feitas as contas aos dois impostos, o crescimento é de 4%. Se as receitas conjuntas de IRS e IVA se mantiverem inalteradas, os contribuintes recebem 9,7% do imposto extraordinário.
A devolução prometida pelo executivo depende da coleta de IRS e de IVA. Se for maior do que o previsto, os contribuintes recebem o excedente da sobretaxa. Mas se for menor, não recebem nada.
Nos outros impostos que não contam para a devolução da sobretaxa, destaque para o IRC, com um aumento de 13,5%, e para o imposto sobre veículos, que cresceu 23,9%.
O único imposto em que o governo recebe menos dinheiro do que no ano passado é o imposto sobre o tabaco, com uma queda de 5%.
No conjunto de todos os impostos, o estado arrecada mais 5,3% do que no mesmo período de 2014.
Em relação à despesa na Administração Central, houve um crescimento de 1,1%, que o governo atribui aos encargos com PPP, aos juros da dívida, ao investimento e à despesa na Saúde.
No total, o défice fica até setembro em 3.156 milhões de euros, uma melhoria de 813 milhões face ao mesmo período do ano passado.