O Governo aprovou «um pacote de medidas com vista à redução do peso das remunerações do setor elétrico» e «em prol do interesse nacional», anunciou o ministro da Economia.
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No final do conselho de ministros, Álvaro Santos Pereira disse que «o Estado está, pela primeira vez, a reduzir os custos do setor elétrico», realçando que os cortes hoje decididos representam «1.800 milhões de euros até 2020».
O governante explicou que o pacote de medidas inclui a cogeração, os Contratos de Aquisição de Energia (CAE) e os custos de manutenção do equilíbrio contratual (CMEC) e ainda a eliminação do mecanismo de garantia de potência, conseguindo uma poupança anual entre «os 170 e os 190 milhões de euros».
«Se nada fosse feito, tínhamos uma dívida neste setor acima de cinco mil milhões de euros em 2020, uma situação insustentável quando se pedem sacrifícios a todos», declarou.
Álvaro Santos Pereira explicou que «nos últimos meses, o Ministério ouviu todos os produtores e foi decidido que todos vão contribuir para retomar o caminho da sustentabilidade do setor elétrico», realçando que «o Governo não rasgou contratos, mas reduziu custos em todos os setores e não apenas nos mais fáceis».
«Com estes cortes, o Governo põe a energia ao serviço das famílias e das empresas», acrescentou.
Também o secretário de Estado da Energia, Artur Trindade, explicou as implicações destas medidas na fatura das famílias.
«Com este pacote de redução de custos, o peso na fatura vai ser de cinco por cento em cada ano, que se acumulam de 2013 a 2020», sublinhou.