O Conselho de Ministros espanhol aprovou hoje o projeto de lei de reforma das pensões, que regula o fator de sustentabilidade, desvinculando os aumentos dos dados da inflação.
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Depois desta reforma, que será agora enviada ao Parlamento, será alterado o índice de revalorização do sistema da Segurança Social, pelo que as pensões deixarão de estar apenas vinculadas à subida da inflação.
Em concreto, e como explicou aos jornalistas a vice-presidente do Governo Soraya Saénz de Santamaría, a reforma pretende garantir que, independentemente da situação económica, as pensões aumentarão.
Em momentos de dificuldade económica as pensões aumentarão 0,25%, podendo em alturas de bonança o aumento ser do valor da inflação mais 0,25 pontos.
Saénz de Santamaria adiantou que na última década o número de pensionistas cresceu um milhão, que a previsão é de que aumentem em 100.000 por ano e que em 2.040 o número total ascenderá a 15 milhões.
Dados, afirmou, que exigem propostas feitas com «seriedade» para garantir que os trabalhadores recebem as suas pensões a médio e longo prazo.
A governante disse que o envio da norma para o parlamento não é o fim do diálogo e que o executivo está aberto a receber propostas e ideias, que começaram a ser apresentadas depois de em abril ter criado um comité de especialistas para analisar o fator de sustentabilidade (adequar as pensões à esperança de vida).
O Governo, disse, já recebeu os contributos dos sindicatos e de alguns grupos políticos e o Ministério de Emprego está comprometido em procurar um ponto de acordo.
Cristóbal Montoro, ministro da Fazenda, disse que as pensões se vincularão a um indicador em função da evolução económica do país, que não há ainda estimativas sobre o impacto económico da medida e que «é um erro pensar que a reforma das pensões levará a perder poder aquisitivo».