Em vésperas de mais uma greve geral, o governo de Atenas aceitou despedir mais 15 mil funcionários públicos como moeda de troca para um novo empréstimo da troika.
Corpo do artigo
Na tentativa de ver um empréstimo de 130 mil milhões de euros a entrar, 15 mil funcionários públicos gregos vão ser despedimentos ainda este ano.
Em jeito de moeda de troca, o governo grego aceitou este despedimento garantindo que a saída destes 15 mil trabalhadores só vai acontecer porque até ao final de 2012 vão ser reestruturados os serviços de todos os ministérios.
Mas vai muito mais além esta limpeza decidida com os representantes do Fundo Monetário Internacional, do Conselho Europeu e do Banco Central Europeu.
O executivo de Atenas comprometeu-se a eliminar 150 mil postos de trabalho até 2015, ou seja, quase um quarto da administração pública que o ano passado contava com mais de 700 mil funcionários.
O anúncio desta medida foi feito pelo ministro da reforma administrativa que, no entanto, quis salvaguardar que não vai fazer «despedimentos indiscriminados» e que a redução do número de funcionários «não pode prejudicar o funcionamento do estado».
Apesar dos despedimentos já estarem acertados, não há ainda acordo para um novo empréstimo que evite o incumprimento grego. Continuam a ser discutidas as exigências da troika e as propostas alemãs.
Para esta terça-feira está marcado um encontro do primeiro-ministro grego, Lucas Papademos, com os líderes dos três partidos da coligação. Entre as medidas mais polémicas estão os cortes nos vencimentos do sector privado, bem como a redução do valor do salário mínimo.