
Tiago Petinga/Lusa
O ministro das Finanças anunciou esta quinta-feira que o Governo espera que a economia portuguesa cresça 1,8% e que o défice orçamental caia para os 1,5% este ano.
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"A previsão de crescimento do Produto Interno Bruto em 2017 é de 1,8% e, tal como no Programa de Estabilidade do ano passado, haverá uma aceleração gradual deste crescimento ao longo do horizonte do Programa, até 2,2% em 2021", afirmou Mário Centeno, acrescentando que o Governo "aponta para um défice das administrações públicas em 2017 de 1,5%".
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Mário Centeno falava em conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros de hoje, na qual o executivo aprovou o Programa de Estabilidade e o Programa Nacional de Reformas, que serão discutidos na próxima semana na Assembleia da República.
Em outubro do ano passado, aquando da apresentação do Orçamento do Estado para 2017 (OE2017), o Governo apontava para um crescimento economia de 1,5% este ano e para um défice orçamental de 1,6%.
"Ao longo do cenário do Programa de Estabilidade e cumprindo todos os requisitos que se colocam ao país no âmbito da sua participação ativa na área do euro, o saldo orçamental melhorará em termos estruturais situando-se, sem medidas one-off [temporárias], em 2021 num valor positivo de 0,9%", disse ainda o ministro.
Mário Centeno acredita que o Programa de Estabilidade hoje aprovado "não terá nenhuma dificuldade em ser acolhido" por Bruxelas e que cumpre "todos os critérios" exigidos a Portugal.
"A minha expectativa é de que este programa, com o grau de rigor que foi desenhado, não terá nenhuma dificuldade em ser acolhido pela Comissão Europeia [uma vez que] cumpre todas as regras e todos os critérios", afirmou.
O ministro reiterou que o Governo está a cumprir as exigências de Bruxelas, mas sublinhou que não irá além do necessário: "Não vamos além de Bruxelas, tal como já não fomos em 2016. O défice orçamental de 2016 cumpre quase milimetricamente o compromisso que tínhamos proposto em fevereiro de 2016", disse.