
Pedro Passos Coelho
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O primeiro-ministro afirmou hoje que «Portugal não pedirá mais tempo nem mais dinheiro» para concretizar o Programa de Assistência Económica e Financeira acordado com a troika.
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Na residência oficial de São Bento, em Lisboa, depois de um encontro com o presidente do Governo espanhol, Pedro Passos Coelho afirmou que «Portugal não pedirá a renegociação do programa que está a executar» no âmbito do acordo com a União Europeia e com o Fundo Monetário Internacional.
«Não pediremos mais tempo nem mais dinheiro para concretizar o programa. E é isso que me interessa enquanto chefe de Governo. Não pode ser Portugal a falhar o seu programa, e não falhará. E quem quer cumprir não começa a dizer que quer renegociar, e que quer mais dinheiro, e que quer mais tempo. Quem quer cumprir, cumpre», afirmou.
«Se entregarmos esse resultado dentro dos timings que estão acordados, como temos vindo a fazer, o nosso ponto de vista é que a confiança dos mercados irá retornar», defendeu o primeiro-ministro.
Ainda assim, o primeiro-ministro lembrou que se por razões externas, que não tenham a ver com o cumprimento do programa, Portugal não estiver em condições de regressar aos mercados, nesse caso a troikamanterá a ajuda ao país.
Passos falou também, esta tarde, nos cortes dos subsídios de Natal e de férias para dizer que ninguém será poupado, reconhecendo que o caso do Banco de Portugal (BdP) é uma situação à parte.
«Não há excepções. O país sabe que não há excepções. A excepção do Banco de Portugal decorre da própria lei», justificou.
«Apesar de ser uma instituição pública está integrada no sistema europeu de bancos centrais, portanto tem uma filiação ao Banco Central Europeu, razão pela qual não podemos de forma unilateral fazer aplicar essas medidas de restrição, que aplicamos a todo o sector público e até ao sector empresarial do Estado», esclareceu Passos Coelho.