
O primeiro-ministro afirma o Governo ouviu as «observações» de quem pedia maior equidade na «repartição dos sacrifícios», justificando as alterações ao Orçamento do Estado.
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Pedro Passos Coelho falava na conferência de imprensa final da I Cimeira Luso-Moçambicana, que decorreu em Lisboa, e respondia a questões dos jornalistas sobre os novos valores a partir dos quais incidirão os cortes nas pensões e nos salários da Função Pública em 2012, assim como o aumento das taxas liberatórias em sede de IRS, alterações aprovadas pelo Parlamento na segunda-feira.
«Esta é uma matéria fechada, espero que amanhã [quarta-feira] o Parlamento, na votação final global [do Orçamento] confirme esta abertura que o Governo manifestou para com algumas observações que foram realizadas e apontavam para a necessidade de uma melhor repartição dos sacrifícios», disse o primeiro-ministro.
Passos Coelho acrescentou que «a preocupação do Governo» foi «não fazer um exercício arrogante» e «abrir a algumas sugestões» trazidas «pelo debate social» que se originou em torno do Orçamento do Estado para o próximo ano, mas sempre sem pôr em causa os limites do défice público acordado com os credores internacionais.