Perante os números da execução orçamental de julho, o PS advinha mais cortes e austeridade para depois das autárquicas. No que toca ao défice, o PSD lembra que «está perfeitamente controlado o valor acordado com a troika».
Corpo do artigo
O PS suspeita que o «Governo está a preparar em segredo» novas medidas de austeridade, uma vez que os números da execução orçamental não mostram qualquer consolidação.
Reagindo aos números da execução orçamental de julho, o porta-voz socialista lembrou que esta falta de consolidação orçamental acontece «apesar do brutal de aumento de impostos pago pelos portugueses».
«Pelo descontrolo da dívida pública e pela derrapagem orçamental hoje conhecida, o Governo prepara-se para apresentar depois das autárquicas mais cortes e mais austeridade», sublinhou João Ribeiro.
Este dirigente socialista recordou ainda que o «Governo insiste no mesmo caminho que manifestamente não está a dar resultado» e que apenas resulta em «efeitos devastadores na economia e na vida de milhares de portugueses».
«Tudo aponta para que o défice fique acima dos 5,5 por cento, valor já revisto de 4,5 por cento», concluiu o porta-voz do PS, que quer ouvir explicações da ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque.
Por seu lado, o comunista José Lourenço sublinhou que «apesar da forte subida da receita fiscal verificada até julho, a verdade é que essa subida não resulta do desejável aumento da atividade económica».
Este dirigente do PCP lembrou que os «impostos indiretos caíram cinco por cento nos primeiros sete meses» de 2013 e que a subida da receita fiscal resulta antes do «aumento da carga fiscal sobre trabalhadores e pensionistas», o que «aumenta ainda mais a injustiça fiscal».
Já o social-democrata Duarte Pacheco lembrou que, no que toca ao défice, a «meta dos 7,3 mil milhões acordada para o terceiro trimestre será respeitada», muito embora admita que os riscos e dificuldades existam.
«A nossa convicção é que está perfeitamente controlado o valor que foi acordado com a troika com as medidas que estão aprovadas no Orçamento Retificativo e que são do conhecimento de todos os portugueses», concluiu.