Esta medida levanta dúvidas a um especialista em gestão de fraude, que considera que o Governo deveria apostar na «educação a nível financeiro e fiscal».
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O Governo promete prémios que podem totalizar dez milhões de euros a quem pedir faturas, à semelhança do que já acontece na China ou em Malta, com o objetivo de combater a economia paralela.
Em declarações à TSF, Nuno Gonçalves, que integra o Observatório de Economia e Gestão de Fraude, da Faculdade de Economia do Porto, defendeu que o Governo deve promover a prevenção e apostar na «educação a nível financeiro e fiscal».
O autor do Índice de Economia Não Registada em Portugal entende que esta medida «pode ser um pouco distorcedora, no sentido em que sujeitos com maior rendimento têm maior probabilidade de obter este prémio, uma vez que têm mais rendimento e conseguem pedir mais faturas».
«Continuamos, no entanto, [mais] no âmbito de combater à economia informal, ou seja, os pequenos negócios do que a economia subterrânea, onde se estima que se encontra a grande fuga ao fisco e grande parte da economia paralela», explicou.