O ministro do Emprego e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, afirmou hoje que o Governo quer indexar o aumento do salário mínimo nacional à evolução da produtividade das empresas, mas não se comprometeu com o valor base nem com datas para a sua entrada em vigor.
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Pedro Mota Soares veio à concertação social apresentar um esqueleto da negociação em torno do aumento do salário mínimo.
«Neste momento é possível iniciar uma discussão com os parceiros socais tendente a aumentar o salário mínimo nacional (...) e o Governo quer discutir um aumento do salário mínimo nacional que seja plurianual e com um conjunto de critérios ligados à produtividade», afirmou o ministro do Emprego e da Segurança Social.
Por definir ficou o valor desse aumento e quando é que entra em vigor. À saída da concertação social, Pedro Mota Soares foi questionado sobre se o valor base para o salário mínimo nacional em alguns setores poderá ser superior a 500 euros, mas o ministro não quis responder, considerando que essa é uma discussão que ainda terá que ser feita.
Do lado dos trabalhadores as opiniões dividem-se. Arménio Carlos, da CGTP, entende que o ministro do trabalho veio dar aos parceiros «uma mão cheia de nada».
Já a UGT, pela voz do dirigente Vítor Coelho, concorda com o criterio apresentado.
Por ouvir nesta ronda inicial em torno do salário mínimo nacional ficaram as confederações patronais.