
Almeida Henriques
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O secretário de Estado Adjunto da Economia confirmou que os bancos ficarão obrigados a atuar quando existirem riscos de sobreendividamento e incumprimento.
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O Governo pretende que os bancos estendam a negociação durante três meses antes de fazerem a execução das dívidas, indicou o secretário de Estado Adjunto da Economia no Dia Mundial do Consumidor, que se assinala esta quinta-feira.
Em declarações aos jornais Público e Correio da Manhã, Almeida Henriques explicou que o Estado quer obrigar as instituições financeiras a criarem um mecanismo de negociação extra-judicial de créditos.
Este secretário de Estado adiantou que os bancos ficarão obrigados a atuar quando existirem riscos de sobreendividamento e incumprimento, tendo o cliente tem de ser contactado para que a situação seja avaliada.
Nessa altura, terão de ser discutidas propostas adequadas à sua situação financeiras para se proceder ao reembolso.
O Plano de Ação para o Risco de Incumprimento atira para a banca a responsabilidade de conhecer e monitorizar as contas dos clientes.
As novas medidas, que estão a ser elaboradas em conjunto com o Banco de Portugal, prevêem ainda um período negocial de 90 dias para que os bancos e clientes cheguem a um plano de pagamentos ou a uma reestruturação da dívida.
Durante estes três meses, as instituições ficam proibidas de instaurar qualquer ação judicial contra estes clientes.
O Governo pretende ainda lançar um desafio às instituições de apoio ao consumidor para que tenham pelo menos uma pessoa com formação na área do sobreendividamento.