Reagindo às alternativas do Governo ao chumbo da convergência de pensões, o PCP diz que o Executivo comporta-se como um «Conselho de Administração ao serviço de grupos económicos». O Bloco diz que o «Governo responde com outro imposto».
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O PCP considera que o está a «tentar rapar os bolsos de onde já não há nada para rapar» numa reação às alternativas do Governo para o chumbo do Tribunal Constitucional à convergência de pensões.
Após o ministro da Presidência ter anunciado que existirá um alargamento da contribuição extraordinária de solidariedade e um aumento dos descontos para a ADSE, Armindo Miranda diz que o Governo volta a visar «reformados, pensionistas e assalariados».
«É caso para se dizer que o Governo se comporta não como um Governo de portugueses, mas como um Conselho de Administração ao serviço de grupos económicos, banqueiros e todos aqueles que parasitam as riquezas do país há muitos anos», concluiu este dirigente da Comissão Política do PCP.
Para o Bloco de Esquerda, «este é um plano B que tenta contornar de forma grotesca a decisão do Tribunal Constitucional», que classificou a convergência de pensões de «imposto específico sobre as reformas».
«O Governo responde com outro imposto, mas com um corte mais alargado e sobre mais pensionistas. Sabemos que vai ser alterado o valor a partir do qual incide a contribuição extraordinária de solidariedade e que a abrangência será maior», acrescentou a deputada Mariana Aiveca.