Sem detalhar os troços, o Governo confirma a suspensão das obras na concessão Baixo Tejo, que inclui a via rápida da Caparica, do Barreiro, o IC32 e o IC3.
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O presidente da Câmara do Barreiro e da Junta Metropolitana de Lisboa disse desconhecer a decisão do Governo, e acrescentou não saber como será possível suspender obras que já estão tão avançadas.
«Não fomos contactados e estranhamos que essas eventuais decisões sejam tomadas sem consultar os representantes das populações e dos concelhos afectados», referiu Carlos Humberto.
Os seis troços que vão ser cancelados brevemente fazem parte de um projeto adjudicado em 2009 a um consórcio liderado pela Brisa.
A concessão Baixo Tejo integra a construção do lanço de autoestrada do IC32 (Circular Interna da Península de Setúbal (CRIPS) Funchalinho/Coina, a construção da ER 377-2, entre a Costa de Caparica e a Fonte da Telha, e a manutenção de vias já em serviço.
Em declarações à TSF, Carlos Humberto destacou a importância de alguns destes eixos, que estão em fase de construção.
«A circular regional interna da península de Setúbal é uma reivindicação de há muitos anos das populações, que pretendia ligar o IC32 à Trafaria. É uma obra que está em desenvolvimento pleno, pelo menos nos troços na zona do Barreiro», destacou.
«Não entendo como é possível tomar uma decisão destas, por um lado porque é uma necessidade de ligação entre concelhos e por outro lado porque a obra está numa fase muito adiantada», reforçou Carlos Humberto.
A suspensão das obras da concessão Baixo Tejo é apenas a primeira de outras suspensões nas concessões adjudicadas pelo anterior Governo, nos últimos três anos.
Por dificuldades de concessão de financiamento bancário, a concessionária do túnel do Marão parou as obras há pouco mais de dois meses.
Estão ainda em causa mais sete concessões, entre elas, a transformação do IP3 em auto-estrada, entre Coimbra e Viseu.