A Grécia deverá tornar-se, de novo, autónoma e voltar aos mercados financeiros no final de 2014, dispensando assim a ajuda da União Europeia e do FMI.
Corpo do artigo
«Espero que a Grécia volte aos mercados no final de 2014, depois de termos conseguido atingir um excedente orçamental primário (excluindo o serviço da dívida) e retomar o crescimento», declarou hoje o responsável das Finanças grego, Yannis Stournaras, na televisão pública Net.
«Espero que tenhamos a boa sorte de Portugal e da Irlanda que começaram a regressar aos mercados a taxas de juro abaixo dos 6%», adiantou Stournaras.
Por enquanto, nos mercados, os juros da dívida grega a 10 anos está um pouco abaixo dos 10%.
«Em 2014, somos obrigados a sair do memorando», que liga o país aos credores de fundos da zona euro e do FMI, afirmou.
«Isso quer dizer que devemos regressar aos mercados», adiantou o ministro das Finanças.
A Grécia, forçada pelos mercados a taxas muito mais elevadas devido aos défices abissais, teve de recorrer na primavera de 2010 à UE e ao FMI para continuar a financiar-se, evitar a bancarrota e a saída do euro.
A Grécia é um dos cinco países da UE com programa de assistência, com Portugal, Irlanda, Espanha e Chipre.
O memorando pelo qual a UE e o FMI emprestaram milhares de milhões de euros à Grécia, também impôs a Atenas uma série de condições drásticas de austeridade, que mergulharam o pais na recessão e no desemprego.