Grécia: Eurogrupo fala em progresso mas pede mais esforço para um acordo mais alargado
A ministra das Finanças de Portugal sublinha importância de um acordo e fala numa reunião extraordinária "se entretanto houver avanços que permitam fechar um compromisso".
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O Eurogrupo disse hoje que houve progressos nas negociações entre os credores e a Grécia, mas considerou que "mais tempo e esforço" são precisos em várias matérias para se chegar a um acordo alargado.
No comunicado do Eurogrupo sobre a Grécia, hoje divulgado, os ministros das Finanças da zona euro que hoje se reuniram em Bruxelas saudaram os "progressos alcançados até agora", referindo sobretudo as melhorias existentes nos procedimentos de trabalho ao nível técnico, o que consideram que "tem contribuído para uma discussão mais substancial".
No entanto, refere a nota, ainda é preciso "mais tempo e esforço para colmatar as divergências que permanecem".
Segundo as informações conhecidas, referidas pelas agências de notícias, as divergências dizem respeito sobretudo a medidas relacionadas com as pensões, o mercado laboral e as privatizações.
No final da reunião dos ministros das Finanças da zona euro, a ministra das Finanças de Portugal disse esperar "um acordo tão cedo quanto possível" sobre a Grécia, comentando que a alternativa é "pior para todos" e deve constituir motivação suficiente para acelerar os trabalhos.
Numa conferência de imprensa em Bruxelas, Maria Luís Albuquerque indicou que, como já se esperava, apenas foi feito um "ponto da situação" sobre a Grécia, em que, "basicamente, se reconheceu que as conversações continuam, que há progressos, mas que são insuficientes para conseguir um acordo".
Indicando que as autoridades gregas comprometeram-se "a acelerar os trabalhos", a ministra, questionada sobre a possibilidade de um acordo antes da próxima reunião do Eurogrupo, que terá lugar apenas em meados de junho, afirmou que todos os parceiros europeus estão "naturalmente" disponíveis para uma reunião extraordinária antes, se entretanto houver avanços que permitam fechar um compromisso.
Questionada sobre como poderá ser encontrado um acordo nas próximas semanas depois de três meses com poucos progressos, a ministra observou que "a alternativa a não se encontrar uma solução é seguramente pior para todos, e essa é uma motivação importante" para se tentar alcançar um acordo.