O ministro das Finanças da Grécia disse que o país recusa ser o «bode expiatório» da zona euro, e insistiu que Atenas deverá ter excedente orçamental em 2012.
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«Em 2009, o défice primário foi de 24 mil milhões de euros. Este ano, o défice primário é de 2,3 mil milhões de euros. No próximo ano, esperamos um excedente de 3,2 mil milhões de euros», disse Evangelos Venizelos, que é também vice-primeiro ministro grego, à chegada à reunião dos ministros das Finanças da zona euro.
Os ministros da zona euro iniciaram hoje no Luxemburgo um encontro de dois dias, no qual participam, a partir de terça-feira, os outros ministros das Finanças da União Europeia.
Os 17 Estados-membros vão abordar, entre outros temas, a necessidade de chegar a um entendimento com vista à efectiva implementação das medidas acordadas a 21 de Julho pelos chefes de Estado e de Governo sobre uma nova ajuda à Grécia e o alargamento do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF).
Venizelos, à chegada ao Luxemburgo, disse que a Grécia é «um país orgulhoso» com o «potencial e a capacidade» para ultrapassar a recessão, que deverá durar quatro anos e que já provocou um abrandamento económico de 12 por cento.
«A Grécia é um país com dificuldades estruturais. Mas a Grécia não é o bode expiatório da zona euro», disse o ministro que, no domingo, anunciou que o défice das contas públicas será em 2011 de 8,5 por cento do produto interno bruto, acima dos 7,4 por cento negociado com os credores internacionais, em Junho.