Greve CP: Circulação de comboios pode ficar reduzida a um quarto da oferta habitual

A greve dos trabalhadores da CP -- Comboios de Portugal e da Refer agendada para quinta-feira pode provocar perturbações e supressões na circulação de comboios, devendo a circulação reduzir-se a cerca de um quarto da oferta habitual.

A greve convocada por diversas organizações sindicais para contestar as recentes decisões do Governo para o setor causará perturbações em todos os serviços, devendo a circulação reduzir-se a cerca de um quarto da oferta habitual.

De acordo com os serviços mínimos decididos pelo Tribunal Arbitral nomeado pelo Conselho Económico e Social, nos serviços de longo curso (Alfa Pendular e Intercidades) e regional realizam-se cerca de 30% das ligações programadas e nos urbanos cerca de 25%.

Ouvida pela TSF, a porta-voz da CP, Ana Portela, adiantou que que até às seis da manhã apenas circularam 29 comboios de um total de 62. Destes 29 que saíram das estações, 24 foram assegurados pelos serviços mínimos.

Os comboios que circularam eram sobretudo urbanos, das cidades de Lisboa, Porto e Coimbra, alguns regionais e um comboio internacional.

A CP informa ainda que, apesar de existirem trabalhadores que se apresentam ao serviço, há comboios que não conseguem sair porque a greve também abrange a REFER, a empresa responsável pelas infraestruturas.

A greve de quinta-feira abrange trabalhadores de cinco empresas -- CP, CP Carga, Refer, EMEF e Estradas de Portugal (EP), que contestam a privatização da CP Carga e da empresa de manutenção ferroviária, a fusão da EP com a Refer e a concessão de linhas da CP.