A greve dos Pilotos da Air France, que afetou a companhia aérea durante duas semanas em setembro, poderá ter um impacto «na ordem dos 500 milhões de euros» no balanço de 2014 do grupo Air France-KLM, foi hoje anunciado.
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As contas da companhia francesa foram feitas tendo em consideração as perdas durante a greve e o impacto futuro dos passageiros que vão evitar a transportadora aérea por terem ficado descontentes, explicou Pierre-Francois Riolacci, diretor financeiro da Air France.
O mesmo responsável admitiu precisar de mais alguns dias para contabilizar os prejuízos, mas calculou entre 320 e 350 milhões de euros o impacto financeiro no terceiro trimestre.
«Fizemos algumas economias - como em combustível - porque os aviões não estiveram a voar», observou Riolacci, salientando, no entanto, outros custos como compensações a passageiros ou compra de bilhetes noutras companhias, nem sempre ao melhor preço.
A paralisação dos pilotos, entre 15 e 28 de setembro, foi marcada em protesto contra as condições de desenvolvimento da filial de baixo custo da transportadora, a Transavia (empresa independente do grupo Air France-KLM), que implicam o aumento da frota da companhia e a abertura de novas bases em diversos países europeus, contratando pilotos a nível local.
A greve foi suspensa ao fim de duas semanas sem que tenha sido alcançado um acordo. A administração da empresa decidiu suspender até dezembro os planos para desenvolver a companhia "low cost" do grupo.
Considerada a maior greve desde 1998, o conflito que opôs os pilotos e a companhia aérea levou a uma queda de 15,9 por cento do tráfego de passageiros.