Greve na CP com "grande adesão". Vai ser mais difícil andar de comboio entre esta quarta e quinta-feira
A greve na CP já decorre há uma semana, mas espera-se que haja mais comboios suprimidos nestes dois dias
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A greve dos revisores e bilheteiras da CP decorre há quase uma semana, mas entre esta quarta e quinta-feira será ainda mais difícil andar de comboio. Ao sétimo dia de paralisação, são cada vez mais os comboios suprimidos. Em declarações à TSF, Luís Bravo, presidente do Sindicato Ferroviário da Revisão e Comercial Itinerante, faz um balanço dos últimos dias.
“Nos primeiros dias a greve teve um grande impacto. No início desta semana, o impacto duplicou, porque a greve abrangeu várias zonas do país, quer na zona urbana do norte, quer o serviço regional e inter-regional em todo o país. Tem havido uma adesão muito grande, os trabalhadores têm aderido totalmente ao pré-aviso de greve, e os impactos são conhecidos”, afirma o coordenador do SFRCI.
Quase 300 comboios foram suprimidos na terça-feira. Já para esta quarta-feira, prevê-se um "agravamento da situação", uma vez que "os trabalhadores, ao final do dia, cujo turno ultrapassar as 00h00, podem fazer greve ao turno todo".
"Hoje ao final do dia esperamos um agravamento da situação, e amanhã será uma greve total, com exceção do período dos serviços mínimos. Vai haver ainda mais supressões de comboios, no fundo, o impacto será já maior hoje ao final da tarde, em comparação com o dia de ontem", alerta.
Os revisores e trabalhadores das bilheteiras da CP - Comboios de Portugal deram início na quinta-feira passada a uma greve que se prolonga até ao dia 3 de novembro, com a transportadora a antecipar perturbações na operação, sobretudo em 31 de outubro, dia em que paralisação será total.
Segundo fonte do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), que representa os trabalhadores das bilheteiras e revisores da CP, estas greves são motivadas por aquilo que diz ser o "incumprimento do acordo" assinado em julho do ano passado com a operadora.
O protesto "tem a ver com a remuneração", sendo que, segundo o sindicato, o acordo prevê passar um "prémio de subsídio de transporte e disponibilidade para o salário base", algo que traria vantagens aos trabalhadores. O sindicato quer um maior equilíbrio face às remunerações dos maquinistas.
Numa nota publicada no 'site', a CP informou que, "por motivo de greve convocada pelo sindicato SFRCI, entre os dias 24 de outubro e 03 de novembro de 2024" estão previstas perturbações na operação.
Na quinta-feira, a paralisação será total, mas há serviços mínimos decretados. Pode consultar aqui quais os comboios que vão circular.
