O grupo Vinci, um dos cinco candidatos que passaram à segunda fase na corrida à privatização da ANA, está «muito interessado» em ter parceiros locais na gestão dos aeroportos portugueses, realçando que «não é um constrangimento, mas uma vontade».
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Em conferência de imprensa, em Lisboa, o diretor-geral da Vinci Concessions, Louis-Roch Burgard, explicou que, numa primeira fase, o grupo francês decidiu avançar sozinho por uma questão de tempo, realçando o interesse em associar-se a «outros parceiros».
«Estamos muito interessados em considerar a possibilidade de nos juntarmos a outros parceiros, nomeadamente a parceiros locais. Não é um constrangimento, é uma vontade», declarou o responsável.
Escusando-se a adiantar o valor da proposta feita pela Vinci para a aquisição da empresa gestora dos aeroportos, justificando com o acordo de confidencialidade assinado com o Estado português, Louis-Roch Burgard realçou que «em todas as concessões, a Vinci é um investidor a longo prazo».
«Estamos presentes durante toda a concessão. A nossa visão é uma visão a 50 anos», afirmou, no dia em que começa a segunda fase do processo de venda da ANA, tendo a proposta vinculativa que ser entregue até 14 de dezembro.
A Vinci já está presente em Portugal, através de uma posição acionista de 37% na Lusoponte, a concessionária das pontes Vasco da Gama e 25 de Abril até 2030, enquanto a Vinci Construction fez parte do consórcio que construiu a Ponte Vasco da Gama.
Na gestão aeroportuária, o grupo francês é responsável pela gestão de nove aeroportos em França e três no sudeste Asiático.
O grupo VINCI registou um volume de negócios de 37 mil milhões de euros em 2011, com um lucro líquido de 1,9 mil milhões.
O Governo aprovou, a 15 de novembro, em Conselho de Ministros a passagem dos consórcios Blink, Eama, Fraport/IFM, Vinci e Zurich à segunda fase de privatização da ANA.