O presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal admite fenómenos localizados de especulação, em Lisboa, no Porto e no Algarve.
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O setor imobiliário pode crescer este ano, mais 20%. É a confirmação de uma recuperação depois da crise profunda, a crise dos bancos e das dívidas soberanas.
Com o Salão Imobiliário de Lisboa, em curso, até dia 22, o presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), Luís Lima, diz que o setor está em profundo crescimento e sinal disso, é o recorde de participações. São mais de trezentas empresas, "com promoções mas sem saldos".
Em entrevista à TSF, Luís Lima esboça um sorriso, que contrasta com os anos passados que considera "terríveis".
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O setor está a crescer, e conta com muitos investidores portugueses, que seguiram os sinais dados por investidores estrangeiros, porque em Portugal, "os investidores entendem que se é bom para os estrangeiros, então também deve ser bom para nós".
Numa espécie de caracterização dos investidores estrangeiros do setor imobiliário, o presidente da APEMIP diz que são conhecedores, e que procuram zonas habitadas, onde as pessoas residam, e que não sejam apenas guetos.
Luís Lima admitiu que em alguns casos, nas zonas de Lisboa, Porto e Algarve, podem existir casos de preços demasiado elevados, e até especulação. Mas são casos localizados: em Lisboa, o centro (Avenida da Liberdade, Chiado, Lapa); no Porto, "o triângulo dourado" (Rua Mouzinho da Silveira e a Avenida dos Aliados); no Algarve, a Quinta do Lago e Vilamoura.
Quanto aos bancos, Luís Lima diz que são aliados, mais do que um bloqueio, ao crescimento do setor.
O Salão Imobiliário de Lisboa está aberto para profissionais, até à próxima sexta-feira, e para todos, durante o fim de semana, na Feira Internacional de Lisboa (FIL), no Parque das Nações, em Lisboa.