A instituição, liderada por Teodora Cardoso, recomenda "prudência" ao governo socialista.
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O Conselho de Finanças Publicas diz que as previsões macroeconómicas, que constam do esboço de Orçamento entregue no Parlamento, contêm "riscos relevantes" e são consequência de previsões "otimistas", num "contexto de forte incerteza".
No parecer sobre o projeto orçamental, escreve-se que, quanto à evolução da economia mundial e do elevado endividamento da economia portuguesa, os risco aconselham a que se tenha especial atenção à evolução da procura externa.
Sobre o crescimento baseado na procura interna, o Conselho invoca a experiência passada, para alertar que as previsões do governo quanto à evolução dos preços, do investimento e do comércio externo para este ano, são "pouco prudentes".
Ainda assim, este órgão independente reconhece que, a curto prazo, as estimativas do governo até podem ser "estatísticamente plausíveis".
A instituição liderada por Teodora Cardoso espera, por isso, que todos estes fatores sejam "considerados de forma clara" no Programa de Estabilidade 2016-2020.