O diretor da empresa garante que o corte dos postos de trabalho serve para melhorar a forma de "trabalhar, dirigir e organizar".
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A IKEA anunciou, esta quarta-feira, que vai cortar cerca de 7.500 postos de trabalho a nível mundial no grupo nos próximos anos, no âmbito de um processo de transformação da cadeia de mobiliário e decoração sueca.
A Ingka Group, sociedade que concentra 90% das vendas da IKEA, irá criar ao mesmo tempo 11.500 novos postos de trabalho, um plano que inclui novas lojas, investimentos na digitalização e um aumento da capacidade. A cadeia sueca referiu que nem todos os países serão afetados da mesma forma.
"Vamos introduzir uma nova organização, mais adaptada para satisfazer os nossos clientes. Para a tornar possível, necessitamos de melhorar a nossa forma de trabalhar, dirigir e organizar", refere em comunicado o diretor da IKEA Suécia.
À TSF, a diretora de comunicação da IKEA, Cláudia Domingues, garante que não se trata de dispensar trabalhadores, mas sim de os reconverter para outras funções.
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"Não estamos a falar de despedimentos, estamos a falar de uma transição de competências entre funções que poderão não ser relevantes no futuro ou não trazer tanto valor acrescentado no futuro para aquilo que a situação global e retalhe assim o exige", garantiu a responsável.
Em território nacional o plano que existe "de crescimento não prevê uma redução do número de pessoas, pelo contrário" mas sim uma importação ou transição para "novas competências", ressalvando que até será possível que a IKEA Portugal precise de "mais pessoas" dentro de dois anos.
A IKEA emprega cerca de 160 mil pessoas em 30 mercados. Em Portugal tem cinco lojas em Alfragide, Braga, Loures, Matosinhos e Loulé e 2.500 trabalhadores.