Depois do "sim" de Malta ao reforço do fundo de resgate europeu, falta apenas conhecer a decisão da Eslováquia. Mas a votação no parlamento de Bratislava promete não ser tranquila.
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A primeira ministra Eslovaca deixou o cenário bem claro, ontem, numa reunião da coligação governamental. Ou o alargamento do fundo de estabilização da zona euro, é aprovado, ou ela bate com a porta e o governo cai.
Iveta Radicova esticou a corda, e hoje, antes da votação, há um novo encontro dos deputados da coligação. Dos quatro partidos da coligação, o Liberdade e Solidariedade, defensor do livre mercado, é o problema.
Não quer viabilizar este alargamento, por considerar injusto que o segundo país mais pobre da zona euro tenha de garantir empréstimos a países mais ricos, casos de Portugal e da Grécia.
No pacote de alargamento do fundo, a Eslováquia contribui com garantias de dívida no valor de sete mil e trezentos milhões de euros.
A ironia deste processo, é que a oposição está disposta a viabilizar a votação. O partido social democrata disponibilizou-se para aprovar a proposta de alargamento, em troca da queda do governo, e da realização de eleições antecipadas, com a expectativa de uma viragem politica.