O antigo diretor do departamento de estudos do Banco Espírito Santo (BES), Miguel Frasquilho, garantiu hoje na Comissão Parlamentar de Inquérito que nunca teve informação privilegiada e que até perdeu dinheiro com ações do BES.
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Questionado pelo deputado socialista José Magalhães sobre se era detentor de títulos do BES, Frasquilho disse que teve ações do banco «em diversos momentos» da sua vida profissional na entidade, onde esteve durante cerca de 18 anos.
«Comprei, foram-me atribuídas e vendi, às vezes com ganhos e outras com perdas», disse o economista durante a sua audição na comissão parlamentar de inquérito ao caso BES/GES. «Não fui ao aumento de capital [de maio/junho de 2014]. Mas nunca tive acesso a qualquer informação privilegiada», assegurou.
A título de curiosidade, a determinada altura o responsável disse que os seus amigos lhe dizem que é muito melhor economista do que investidor.
Já à margem da audição, perante as perguntas feitas pelos jornalistas acerca das suas operações com ações do BES, Frasquilho precisou que adquiriu pela última vez títulos do banco em janeiro de 2014, cerca de cinco mil ações, e vendeu-os em junho desse mesmo ano com uma perda de 50%, correspondente a sensivelmente 2.500 euros.
A audição de Frasquilho foi a mais rápida desde que arrancaram os trabalhos desta comissão de inquérito, tendo arrancado pelas 16:00 e terminado menos de uma hora e meia depois.