O governador do Banco de Portugal afirmou, perante no parlamento que tendo em conta a decisão do BCE e a ausência de alternativas em tempo útil, a resolução era a única solução ao alcance do Banco de Portugal para o caso BES.
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Carlos Costa começou por referir que «a noite de dia 31 de Julho foi informado pela comissão executiva do BCE de que seria suspenso o estatuto de contraparte do BES junto do BES. «Perante este facto, e como forma de evitar a suspensão imediata do estatuto de contraparte, foi necessário acionar a única medida que estava ao dispor do Banco de Portugal e que estava disponível para o efeito, a resolução».
O governador do Banco de Portugal explicou, ainda, que a resolução foi a única opção possível, porque a recapitalização exigia um prazo mais longo para poder ser preparada.
Perante este cenário, tendo em conta a decisão do BCE e a ausência de alternativas em tempo útil, «a resolução era a única solução ao alcance do Banco de Portugal que permitia manter a actividade do BES, assegurar o crédito à economia, garantir a estabilidade do sistema financeira, salvaguardar os contribuintes e os trabalhadores do banco».
Questionado pelo deputado socialista, Pedro Nuno Santos sobre se alguma vez alertou para o risco para o contribuinte, nas operações de capitalização pública, o governador diz que esse risco existe sempre.